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feministas negras

No primeiro semestre de 2012, aconteceu na Unicamp o debate/lançamento do livro Organização das Feministas Negras no Brasil, de Nubia Moreira. O evento foi fruto da parceria de duas organizações de mulheres, o Coletivo da Marcha das Vadias de Campinas (MV-cps) e o grupo Promotoras Legais Populares (PLP) — e contou com o apoio do DCE-Unicamp e do STU.

Na verdade, a proposta foi das PLPs e a Marcha abraçou. E esse fato diz muito da posiçao da MV-cps: construir suas ações em articulação com outros coletivos que estejam na luta feminista, anti-racista, anti-homofobia, popular, estudantil, sindical, entre outras, e se coloquem na resistência contra esse sistema em que poucos exploram e oprimem uma maioria.Lançamento: "mulheres negras no brasil"

Como há de se imaginar — e assim demonstra a historia –, na hora da luta concreta, articular posições e condições diferentes não é fácil. As PLP desde o início da mobilização da MV-cps alertaram das dificuldades de usar o termo “vadia” pra chamar pras ruas as mulheres das periferias. Se a ressignificação de “vadia” pela Marcha era legítima, este termo e a exibição do corpo feminino para as mulheres de diferentes etnias, gerações, vivências de sua sexualidade e condições econômicas tinham diferente aceitação. A Marcha das Vadias difundiu-se primeiramente nos países desenvolvidos, tendo a frente em sua maioria mulheres jovens, brancas e de classe média. Uma repetição da historia do feminismo?

Coletivos de mulheres negras sentiram-se excluídos da Marcha e expressaram seu ponto de vista, como na Carta Aberta das Mulheres Negras a Slutwalk nos EUA (veja tradução da FeministaCansada). O debate sobre a participação das mulheres negras também foi pautado no Brasil, a exemplo da polêmica vivida em Brasìlia e do debate travado pelo coletivo da Marcha das Vadias DF. Sueli Carneiro (veja video), teórica e militante negra feminista, defende que a dificuldade das mulheres negras em participar da Marcha remonta ao estigma que o colonialismo imprimiu em seus corpos. A exibição do corpo – marcante na identidade da Marcha, apesar dela ser aberta para mulheres que queriam ou não expor seus corpos como forma de protesto – seria um dos fatores de desconforto para essas mulheres, pois reiteraria o lugar onde foi historicamente colocado.

A experiência de aproximação da MV-CPS com outros coletivos reafirma que somos muitas, e que quando falamos de nos mulheres sem explicitar nossa diversidade, muitas vezes estamos falando da mulher branca heterossexual de classe media e invisibizando outras mulheres. E deveria a Marcha das Vadias expressar a diversidade das mulheres brasileiras? Há espaço na Marcha para todas que quiserem nela intervir? Afinal,  o que podemos fazer juntas?

A proposta de atuação conjunta dos coletivos de mulheres parte do pressuposto de que as particularidades das pautas das organizações não devem impedir a unidade em lutas que são comuns a todas as mulheres. A violência sexual tem diferentes facetas nos espaços públicos e privados; de sul a norte do país; na zona rural e nas cidades; na vida de crianças e idosas; de brancas e negras… Mas essas diferenças todas não apagam a opressão que atinge todas nos mulheres. O estupro é uma violência extrema que explicita que na nossa sociedade as mulheres ainda tem muito que lutar para que de fato seus corpos lhes pertençam. E como não é do lugar de vitimas que nos organizamos e as mulheres em movimento na historia ja propuseram outros parâmetros de relação com seu corpo, fora das normas do machismo, nos propomos a conhecer essas experiências, debatê-las, e no que temos em comum construir agendas conjuntas, articulando os feminismos em sua pluralidade.

O debate/lançamento foi exemplar nesse sentido. Um momento de formação, troca de ideias, ocupação da academia por sujeitas majoritariamente excluídas deste espaço. Em seu livro, Nubia Moreira da visibilidade a experiência militante de mulheres negras, com destaque para coletivos de São Paulo e do Rio de Janeiro, que a partir da década de 80 organizaram-se de forma autônoma, estabelecendo relações por vezes conflituosas com os movimentos negro e feminista.

A apropriação e ressignificação empreendidas pelo feminismo negro lançam questões para todas nos mulheres: de quais elementos do feminismo a Marcha das Vadias apropria-se para ressignificá-los? Que outras tradições de luta encontram-se na reverberação da Marcha das Vadias pelo mundo? …

Como acreditamos que a luta é necessária para nos aproximarmos das respostas, consideramos o fenômeno da Marcha das Vadias como potencial de articulação de feminismos plurais e de aproximação de mulheres que saem pela primeira vez às ruas, certas de que tem o direito sobre seus corpos e dispostas a gritar que se “mexeu com uma, mexeu com todas”.

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