O que está rolando na vadiagem de Campinas
Nos definimos como um grupo feminista e procuramos sempre inserir nossas ações dentro da agenda feminista de nossa região. Assim, entendemos nossas ações como mais um passo do movimento feminista e não como um movimento de vanguarda e desconectado. Ainda que tenha suas especificidades e diferenças em relação às questões pautadas por outros grupos feministas, como por exemplo a luta pelos direitos das trabalhadoras sexuais, a inclusão de mulheres trans nas nossas ações e uma linguagem que trabalhe ativamente com o corpo, tirando-o de um lugar de passividade para coloca-lo como instrumento da luta política. Assim, estamos criando ações conjuntas com outros grupos feministas de nossa cidade afim de construir espaços de atuação que contem com participação ativa de mulheres jovens, mulheres trans e também de trabalhadoras sexuais, segmentos geralmente ausentes no cenário do feminismo local.
Nosso grupo surgiu em 2011 com a proposta de responder ao aumento da violência sexual contra mulheres jovens e transexuais trabalhadoras do sexo em nossa região. Iniciamos um coletivo que tem como objetivo o combate à violência contra as mulheres, em especial à violência sexual. Nossos objetivos gerais são: atuar para a transformação dos valores culturais que permitem tais violências; conquistar aparatos legais e públicos que favoreçam a vida de mulheres/transexuais; contribuir para o empoderamento social e político de jovens mulheres e transexuais através de ações combativas, rompendo com o rótulo de vítima sociais e assumindo o papel de agentes coletivos de ação.
Assim, desde 2011 estamos nos articulando com outros grupos feministas de nossa região para fortalecer nossas ações e criar uma frente articulada de combate à violência contra a mulher em nossa cidade. Nesse período, nós do Coletivo das Vadias, além de realizar uma grande marcha na cidade, também organizamos encontros de formação política, festival de música feminista, oficinas sobre software livre, inclusão digital e arte gráfica para grupos feministas e associações de trabalhadoras sexuais da região. Também realizamos intervenções artísticas em áreas centrais de nossa cidade, chamando atenção para a violência à qual estamos submetidas e gritando pela autonomia de nossos corpos.
Tais articulações renderam frutos importantes, sendo criada em fevereiro de 2013 a Frente Feminista de Campinas, que tem como particularidade a participação ativa de mulheres jovens, trabalhadoras sexuais e grupos de identidades de gênero.
Para o ano de 2013, estamos organizando diversas atividades que inclui ciclos de oficinas sobre os seguintes temas: “gênero, sexualidade e violência de Gênero”, “mulheres e mídias alternativas”; “inclusão digital e produção de material gráfico”. Além dessas ações, estamos planejando para o dia 25 de novembro, dia Internacional de Luta contra a Violência às Mulheres, a ocupação de um praça ou espaço público em nossa cidade para a realização de diversas atividades lúdicas e formativas sobre violência contra a mulher, como por exemplo a realização de peças de teatro, shows com grupos de mulheres, oficinas sobre defesa pessoal, oficinas de estêncil e grafite; oficinas e mostras de vídeos sobre gênero e sexualidade. Existe a proposta de se construir um monumento permanente nesse espaço que simbolize a luta das jovens contra as violências de Gênero.
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